domingo, 23 de maio de 2010

Cultura da contra cultura, caviar e champagnhe.

Cultura da contra cultura, caviar e champagnhe.

Realmente é uma vergonha para todos nós capixabas que estamos movimentando uma cena séria na música em contexto nacional, depois de termos vividos durante muitos anos a margem, ter que passar por isso. Aqui tem trabalhos autorais de nível internacional, e eu nem preciso citar nomes, que vão para turnês internacionais no peito, na raça e no talento, e não numa panela de barro de quase R$ 150.000,00.

Não é de agora que ouço e manifesto a insatisfação de vários colegas em relação a secretaria de cultura de Vitória, em especial a figura do secretário, Alcione Pinheiro. A cabeça dele já havia sido pedida na "bandeja de prata" pela liga das escolas de samba de Vitória depois do vexame do carnaval, isso sem contar os shows de verão na Praia de Camburi o Festival de Teatro e outras mais... oque aconteceu? nada... isso mostra que a vontade popular só vale na época das eleições obrigatórias praticada em nosso país, e fica a pergunta... que democracia é essa? Bom... voltando, eu e ninguém que conheço que vive de cultura no município de Vitória indicou ou ao menos aprovou a escolha do Sr. prefeito João Coser em relação ao "nosso" secretário. Agora segura o rojão, afinal está chegando a época das festas juninas e julinas. Será que vamos pular a fogueira? Acho que não né... chega de passar panos quentes. Temos força, raça e talento, não vamos desperdiçar isso.
Vamos nos colocar de forma coletiva para não perdermos força.

Pense nas últimas manifestações artisticas promovidas pela secretária de cultura da prefeitura de Vitória, na gestão do secretário Alcione que nos deram orgulho. Tsc... tsc.. tsc...
Falo como cidadão e artista incluído no contexto cultural. Aqui segue a regra... faça você mesmo... ou senão morra na praia, de camburi.

Ahhh sim... quanto ao caviar e champagne... sonha!! Porque na terra da torta quem manda é o acarajé que desfila na avenida do samba capixaba de trio elétrico vestido de bota e chapéu de cawboy.

Abraços, bjs e pizza 4 queijos

2 comentários:

  1. é amigo, e nosso festival que é legítimo, nunca conseguiu apoio da cultura municipal...os artistas se quiserem precisam tirar do bolso pra ir.

    ótima resposta.

    bjs

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  2. PRA FRANCÊS VER

    Fazer RAP é assim: ver, analisar, escrever e cantar as mazelas do entorno. Mas quem pensa que sentimos prazer em retratar a realidade “nua e crua” está enganado. Tenho certeza de que falo por todos do Hip Hop quando digo que preferíamos dizer que “foi erradicado o analfabetismo no Brasil”. Que “a África não é mais alvo de experiências farmacêuticas e que o povo desse continente não passa mais fome”. Que “não existe mais crimes de “colarinhos brancos” e que “ninguém precisa roubar para comer”. Mas infelizmente mais uma vez tenho que começar um texto pela parte mais sinistra. É lamentável o que tá acontecendo na cena cultural da capital de nosso estado. não é a primeira vez que viagens e contratações obscuras, sumiços e aprovações de projetos de maneira duvidosa acontecem nos quatro cantos do estado. É uma pena, mas Vitória não é a única cidade a acontecer este tipo de “arranjo”, também não é a primeira vez e é com tristeza que informo também não ser a última. Mas creio que não devamos ser afoitos em nossa análise, temos que ter cuidado ao criticar e comentar sobre a situação deste grupo, que foi formado em um momento de provocação. Digo isso, pelo fato de estar envolvida uma legitima representação da cultura popular e tradicional capixaba, que vem a ser a centenária Banda de Congo Amores da Lua. Que, creio eu terem sido usados para tapar “brecha” de pessoas que no apagar das luzes forma um grupo pra participar de uma atividade especifica, ou seja, “banda fachada é formada pra comer dinheiro publico”. Sem querer é claro desmerecer o talento individual de cada um, que é inegável . Mas agora cadê? Amores da Lua continua sendo o mesmo! E o outro, onde cantas? Onde tocas? Por onde andas? No final das “contas” cadê as prestações de contas? Claro que nada contra quem forma grupos, isto acontece a todo minuto. Hó Ali mais um... Mas se olharmos direito a culpa disso não é só das pessoas que formam grupos instantâneos. Estes como tantos outros antes deles só aproveitaram a oportunidade que “brotou” e que durante muitos anos vem sendo alimentados por tantos outros que também já estiveram em vários cargos da gestão pública. Também temos que questionar onde está o reconhecimento do poder público aos grupos que já tão na estrada a “miliano”. Nós do Hip Hop já amargamos a mais de trinta anos com esta falta de reconhecimento, ouvimos todo dia que “nós somos do social” assim devemos doar a única coisa que temos para sobreviver. Sim, sobreviver, por que viver de arte é outra história. Mas voltando, devemos “dar” de graça a única coisa que temos para vender que a nossa produção artística? Essa fita que tá rolando só faz agente perder a pouca confiança que nos sobra, depois de tantas e tantas. Quando vamos obter respostas de perguntas que não se calam? To cansado de escrever, mas estou disposto a fazer verão, sou... Sagaz pros demais, mas não sou andorinha...

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